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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Corvo

#3 Ulisses – o gato. Preto , branco. Quase azul, quase alto, dorme aos pés da cama de L. E e um lago de mármore onde , entronado, buda está sentado. L e o gato vêem estrelas no telhado. Movem-se cansados , como no céu os supremos astros.

Corvo

#2 O monge-cego veste-se. [enquanto] Peixes voadores bebem na fonte do claustro, o monge procura dentro de si : alfinetes ; botões ; asas-de-anjo para o colarinho. Já na igreja – o templo efémero – 1 sinfonia de luzes espera-O. Ele, cego, entrega-se ao concerto das velas.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Lhasa de Sela deixou-nos aos 37 anos

Partiu a Poeta da solidão, da tristeza transmutada em emoção e música: «Obrigado à vida que me deste tanto/Obrigado à vida que me deste o canto» (Mercedes Sousa).

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Corvo #1

#1 d’Inverno, os corvos. O homem caminha sob a chuva ouve os Corvos – o Inverno e desliza na alvura da Neve imaginada onde ,onde pegadas de sombras a-rriscam voos oblíquos. Corvos e homem sentem [finalmente] o Inverno dentro da pele. Não há morte – Não há noite : só neve, luz intensa, céu intenso.