terça-feira, 16 de setembro de 2008
poemas dispersos
e as chuvas não lavam
as flores e os frutos entre os
muros
da cidade
na lonjura das estrelas
o abrigo das vozes
maternais
expandindo-se sobre os filhos
areias devastadoras e nelas as
pegadas salientes
dos santos e iluminados
pregadores
as chuvas não respondem
aos chamados dos feiticeiros animais
e num grito último
fogem para a inexistente floresta
os gatos de um antiquíssimo egipto
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