segunda-feira, 22 de setembro de 2008
poemas dispersos
e desci
ouvindo vozes Comentários ferozes
e janelas a abrirem-se
Os meus pés enrolaram-se
nas mãos
e por dentro das mãos
um calor externo
um lâmpada Houve
quem dissesse que eram
o
s
meus gritos
vindos
de uma garganta
ausente Ardente
Na retorta de deus: évora o athanor
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
poemas dispersos
nem olhos nem boca
nem fogo nem sopro
nem terra nem lágrima
nem ouro
nem poema nem cristo
nem poeta nem pele
nem sal nem marés –
no coração do sutra perfeito
só o amor rarefeito
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
poemas dispersos
resta-nos abrir a porta
festejar os obreiros do céu
sentir o corpo
a
de-
com-
pôr-se
como um vento árabe
e olhar a derrocada dos dias
como se os dias pudessem ser olhados
e os olhos capazes
de olhar
terça-feira, 16 de setembro de 2008
poemas dispersos
e as chuvas não lavam
as flores e os frutos entre os
muros
da cidade
na lonjura das estrelas
o abrigo das vozes
maternais
expandindo-se sobre os filhos
areias devastadoras e nelas as
pegadas salientes
dos santos e iluminados
pregadores
as chuvas não respondem
aos chamados dos feiticeiros animais
e num grito último
fogem para a inexistente floresta
os gatos de um antiquíssimo egipto
domingo, 7 de setembro de 2008
poemas dispersos
talvez fosse uma gaivota…
… era uma gaivota fazendo
movimentos de gato por cima
da
cama
num sono curto o mar
a recordação dos comboios
acendida a luz
nada – paredes lisas si –
lêncio
sem sono
pela janela
um grito felino de gaivota
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