quarta-feira, 15 de julho de 2009
Contos.20
Finalmente
sócrates
deitou-se na Terra
Platão deitou-se com ele e
ouviu
num silêncio amante
o Testamento do Mestre:
«Um dia virão a mim
todos os corvos da terra»
Pama Inácio, Felizmente há L.U.A.R.
Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor nos ramos
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praia do mar nos vamos
À procura da manhã clara
Lá do cimo de uma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Mensageira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo de uma montanha
Onde o vento cortou amarras
Largaremos p'la noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca, brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca
José Afonso
OBRIGADO CAMARADA!
FELIZMENTE HÁ L.U.A.R.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Contos.19
Longe de olhares profanos
juntam-se os lobos
que esperam
o brilho das lanternas
A última árvore do claustro
será o sinal
o Vento a testemunha
Volte ao Fogo o que é do Fogo
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Contos.18
Para Luíza
Ele tem sonhado com a Senhora-do-Lago
Ele acorda com ela
Ele imagina-lhe os olhos
Ele pega-lhe nas mãos
Ele sabe
que é a única estrela que lhe trará vida
Quando Ela lhe fala
soam mantras num esperanto ainda
não inventado Mas ele lê-a
e conhece-lhe os movimentos
Como todas as feiticeiras Ela
mergulha no espelho da floresta
As árvores dizem-lhe tudo
a Ele resta-lhe o Lago
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