
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Mestre Lagoa Henriques, Choremos, Choremos Choremos

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Contos.8
... tinha-se deixado aninhar entre os cobertores
chegou mesmo
a sonhar – adormeceu portanto –
quando acordou tinha os lábios húmidos
e gretados Uma das pálpebras
mexia-se nervosamente Nem uma lágrima
Levantou-se e caminhou contra
o vento
Devagar conquistou o espaço à
sua frente
era livre de se afundar naquela tempestade
Foi aí que teve a visão
: num ponto do horizonte, um cavalo
parado olhava-o com ternura
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Contos.7
numa cadeira de baloiço
sentia nas mãos o cheiro da despedida e
forças malignas, sangrentas
, a flutuarem-lhe no cérebro
Quase já sem vista
pousou nos joelhos os pesados
volumes árabes à procura de encanto: «mil
e uma
noites» percorrendo-lhe a face quente
Um dia tinha sido dom quixote
mas agora
, sem espada – perdida num último esforço –,
procurava em xerazade uma explicação para
os dias de febre Mil e 1
histórias que o salvassem
Reclinado para trás ousou pedir socorro
Caído
estava oficialmente vivo e soterrado
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