sábado, 20 de dezembro de 2008
Contos.1
quando metia a chave à porta
e recebia no rosto a
chuva
da escuridão de um vento de espaço vazio
Platão sentia uma tontura
vinda dos pés até lhe tomar a cabeça
(assim como na guerra o inimigo toma em prisão
o amigo desconhecido)
Com medo
Sem coragem
platão avançava Primeiro
com o pé esquerdo, depois,
arrastando a perna
, o direito, fazendo bater
os
calcanhares Ficava em esquadro já dentro do apartamento
Fechada a porta demorava-se
uns
segundos no escuro Afinal era a magia
possível para os seus dias
Então acendia a vela
, via iluminar-se o corredor
e voltava a si – só –
e com cuidado pendurava o sobretudo
num cabide idoso junto a um relógio de pêndulo
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