terça-feira, 13 de maio de 2008
poemas dispersos
13 de maio de 2008 – dia da mãe do mundo
na ternura perdida das mães
reside a dureza real dos filhos
que como sereias encantam
marinheiros e soldados
chamando-os para uma revolução
sem princípio nem fim
sem mares onde naveguem corvetas
da guerra dos anjos e das rosas
imaculadas mães
que justas na produção
dos filhos os envolvem numa placenta
de veneno e sol e lhes dão vida
para que morram depois
os filhos santificam essas mães
procurando ser o os seus amantes
distantes e gritantes
filhos mortos de mães mortas
e a vida a florescer em
naves de água pura e em frechas
de rocha onde alguns se escondem
mães cruéis na criação dos filhos
mães sem olhar
sem cheiro
sem terra a que pertençam quando
sepultadas, filhos translúcidos
num colectivo enforcamento de sonhos
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