#3
Aquilo que eu vejo da minha janela
não é belo, nem fresco, nem solar.
Tudo aquilo que eu posso ver da minha janela
é quotidiano, e transeunte, e efémero.
É tão profundamente efémero
,que,
a eternidade
,daquilo que eu vejo da minha janela,
me dá a sensação plena de ser eu para sempre e
,depois de morrer, não ter de voltar.
Frederico Mira George
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