sábado, 3 de abril de 2010
Corvo
# 27
Nenhum objecto se olvidou de
cravar
os dedos na criança à beira do mar.
E então veio a lufada de orações
, como se abrisse portas no céu,
e a lua tudo penetrasse. As feridas.
Os desgostos. Nenhum
objecto se olvidou da criança à beira
do ar quando tudo começou.
# 28
E desejaria levantar-se.
Desejaria abrir as mãos tão devagar
sobre as paisagens
que se enchem de água que não
desse por nada e que as paisagens não
dessem por nada.
Desejaria um milagre natural
que fizesse a sua desordem
presidir a um pensamento
de amor interior:
Fazer a melancolia chover.
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